22 dezembro 2005

E, se não nos virmos, Bom Natal

Vitória de Setúbal 0 - Benfica 1


Ponto n.º 1 - Nuno Gomes não jogou a bola com o braço (apesar de ter feito com o braço o gesto correspondente).

Ponto n.º 2 - Em caso de dúvida, ver o ponto n.º 1.


Posto isto, importa dizer que a equipa do Benfica fez aquele que me parece ter sido o jogo mais inteligente desta época. Contra o autocarro, só havia uma coisa a fazer: jogo mastigado e lento e, de repente, uma jogada para golo. Foi assim na primeira parte (com duas ou três ocasiões nos últimos minutos) e foi assim na segunda parte, à custa da menor preparação física do adversário.

De realçar a forma de Karagounis, que aguentou, e bem, os 90 minutos (com duas ocasiões de golo só à sua conta).

De realçar o bom regresso de Miccoli (aquele fora de jogo mal assinalado fez-me pena - é claro que, com o jogo a decorrer, dificilmente ele optaria por aquele magnífico chapéu, mas ainda assim, era uma jogada muito perigosa).

De realçar o passe de Geovanni para o golo de Nuno Gomes e o remate extraordinariamente bem feito.

O Benfica subiu de 5.º para 2.º lugar (pode ainda descer para 3.º se o Nacional vencer hoje) e afirma-se como único verdadeiro adversário de um F. C. Porto fortíssimo nesta época.

Faltam 18 jornadas para sermos bi-campeões.

20 dezembro 2005

Benfica 1 - Nacional 0


Ponto n.º 1 - O golo do Benfica foi precedido de falta de Luisão sobre o Guarda Redes do Nacional.

Ponto n.º 2 - Em caso de dúvida, ver o ponto n.º 1.

Arrumada esta questão, já se pode falar do jogo em paz e sossego. Foi um jogo fraquinho, mas aceitável. O Benfica tem vindo a enfrentar uma sére de jogos complicada e o que conseguiu produzir é melhor do que o que se deveria esperar.

Acerca do golo, não vou referir outras situações do jogo para o compensar, nem vou fazer a colecção de casos de outros jogos, nem de outros clubes. O assunto está arrumado.

Não queria no entanto deixar de fazer aqui uma espécie de desabafo.

Noutros tempos, nunca havia cotoveladas quando dois adversários saltavam ao mesmo tempo para cabecear uma bola. Agora, sempre que se salta, o cotovelo já vai preparado para o que der e vier.

Noutros tempos, a conversa do "bola na mão ou mão na bola" era genuína e quando se utilizava a palavra "casual" para designar um toque da bola na mão de um jogador, o caso resumia-se a isso mesmo. Agora, quando um adversário tenta centrar uma bola ou rematar à baliza, os defesas já colocam os braços de forma a cobrir uma maior área (antigamente, a "mancha" estava reservada apenas aos Guarda Redes) e, mesmo que estejam de costas para a bola, convenço-me de que fizeram de propósito para cortar a bola com a mão.

Noutros tempos, a regra de não poder tocar no Guarda Redes dentro da pequena área era levada a sério. Agora, sempre que um jogador tenta jogar de cabeça dentro da pequena área adversária, basta ao Guarda Redes lançar-se em voo, não para defender a bola, mas para conseguir tocar o adversário, porque assim será sempre falta (desta vez, por acaso, até nem foi).

Noutros tempos, era possível ver futebol descansadamente. Agora, a coisa faz lembrar aquelas séries americanas de advogados.

Isto não é fácil.

Seja como for, faltam 19 jornadas para sermos bi-campeões.

16 dezembro 2005

Quantos são? Quantos são?

Após o sorteio dos oitavos de final da Liga dos Campeões, que ditou o encontro entre Benfica e Liverpool, o treinador do clube inglês, Rafael Benitez, terá dito que o sorteio podia ter sido pior.

Pergunto eu: o que é que poderia ser pior para o Liverpool do que ser eliminado pelo Benfica?

15 dezembro 2005

Força, Portugal

Vocês já viram o mais recente cartaz de Cavaco Silva? Não? Eu explico (ia dizer "eu mostro", mas não consegui a imagem).

O cartaz diz: "Sei que Portugal pode vencer" - Cavaco Silva.

1ª interpretação: aquele fechar de aspas aparece, por gralha, cedo de mais e a frase correcta era "Sei que Portugal pode vencer Cavaco Silva" e eu digo: Força, Portugal.

2ª interpretação: a coisa refere-se ao Mundial 2006 e eu digo: Força Portugal.

Presidenciais

Desisto.

Estava a tentar fazer uma avaliação das prestações dos candidatos em cada debate mas, por razões diversas, perdi um, depois outro, e ainda outro, e já estou completamente perdido.

Assim sendo, fica sem efeito o campeonato que se tinha iniciado lá em baixo.

Paciência.

Não deixo no entanto de dizer que, pelo que tenho ouvido de comentários, me parece que já só há (sempre houve) duas hipóteses: a eleição de Cavaco na primeira volta ou a eleição de Soares na segunda volta.

Prefiro de longe a segunda hipótese, mas sobrevivo à primeira.

Benfica 1 - Boavista 0


Este fui ver ao estádio (muito obrigado à família Anjos pela oferta do bilhete).

Achei corajoso da parte do treinador do Benfica colocar em campo o mesmo onze do jogo contra o Manchester, sujeito que estava a comparações do género "jogaram bem contra os melhores e agora..." caso não vencessem.

Mas venceram. E convenceram. Pelo menos convenceram-me a mim.

A capacidade demonstrada na luta pela posse da bola não permitiu ao Boavista quaisquer veleidades quanto ao resultado.

Nelson e Geovanni produziram jogadas do outro mundo. As oportunidades de golo surgiram num número acima da média.

Claro que o Boavista podia ter estragado tudo quase no fim, mas a sorte não podia naquela noite sorrir a quem menos fez por ganhar o jogo.

50741 espectadores. É obra.

Faltam 20 jornadas para sermos bi-campeões.

09 dezembro 2005

Trocadilho

Two hydrogen atoms meet.

- I've lost my electron.
- Are you sure?
- Yes, I'm positive.

Mário Soares 4 - Jerónimo de Sousa 1


Na sequência do post sobre o anterior debate, fica a justificação para a "goleada" do Super Mário (vou desde já dizendo que Mário Soares é o meu candidato, e os leitores farão o favor de ir fazendo os devidos descontos sempre que entenderem que estou a exagerar mas, que diabo, se os posts sobre o Benfica são sempre tendenciosos, porque não o podem ser os da política?):

  • Presença física: Mário Soares vive para estes momentos e isso nota-se em qualquer debate (nem mesmo a tosse que o atacou o impediu de estar à vontade: respondeu a perguntas enquanto chupava uma pastilha para a garganta sem que isso o incomodasse minimamente); Jerónimo de Sousa, talvez pela recordação do debate em que perdeu a voz, está ainda pouco à vontade nestas ocasiões (creio que pode melhorar no futuro). Resultado: 1 para Soares, 0 para Jerónimo.
  • Presença psicológica: Mário Soares está nos debates como peixe na água e aproveitou para dar uma das melhores entrevistas dos últimos tempos. Jerónimo pareceu claramente intimidado com o à vontade do adversário. Resultado: 1 para Soares, 0 para Jerónimo.
  • Marketing: Mário Soares roubou votos a Manuel Alegre com a forma confiante com que fez passar a sua mensagem. Jerónimo de Sousa teve muitas dificuldades (como vai ter Francisco Louçã) porque o seu discurso é exactamente igual ao que já tínhamos ouvido há dois meses, e que tão depressa não volta a vingar. Resultado: 1 para Soares, 0 para Jerónimo.
  • Política: Mário Soares foi irreverente, demarcou-se do governo quando bem quis e lhe apeteceu e colou-se ao Governo quando lhe deu jeito. Jerónimo esteve muito bem: apesar de a mensagem estar gasta, foi coerente e até se safou da pergunta incómoda sobre o regime chinês. Resultado: 1 para cada um.
Uma nota final para as intervenções à saída dos estúdios. Mário Soares, rápido, claro e certeiro, atacou Cavaco, desancou o modelo de debate, e ainda brincou com os jornalistas. Jerónimo de Sousa, muito mais demorado, acabou por fazer uma acção de campanha.

Benfica 2 - Manchester United 1


A minha opinião sobre o jogo em notas soltas:

  • como tinha previsto após o jogo com o Lille, o Manchester puxou pelo melhor Benfica;
  • como tinha previsto após o jogo com o Lille, a pressão também estava sobre o Manchester, porque não podia perder;
  • vozes de burro não chegam ao céu, mas a do gatito ali em baixo parece que chegou;
  • o golo do Manchester, apesar de esquisito, não provocou grande reacção aos benfiquistas (no fundo, a vitória dos ingleses não surpreenderia ninguém, o que significa que o Manchester continua a ser um gigante);
  • em seis jogos, o Manchester só marcou três golos (todos ao Benfica) e sofreu quatro golos (três do Benfica);
  • Beto tinha feito uma execelente pré-época e ninguém desaprende tudo em tão pouco tempo;
  • Geovanni joga sempre bem nos grandes jogos (assim se explica que tenha sido jogador do Barcelona);
  • em 30 jogos com o Manchester ganhamos um, empatamos outro, e perdemos os restantes; a grande lição que fica é: nunca se sabe quando;
  • o Benfica era a única equipa do grupo que tinha sido campeã no seu país e isso tinha que valer alguma coisa;
  • o gesto obsceno de Ronaldo ao ser substituído e a cuspidela lançada na direcção das bancadas são irreflectidas e próprias de um adolescente; quando se aperceber que fez o que fez àqueles que não acreditaram nas acusações de violação e que torcem incondicionalmente por ele na selecção e até mesmo nos jogos do Manchester, cairá em si, pedirá desculpa e ficará tudo bem, porque ele vai ser sempre um grande jogador e um grande jogador não tem manchas destas no seu passado;
  • estando o Vilarreal a ganhar ao Lille, mesmo que o Benfica sofresse o golo do empate seria apurado (para a Taça UEFA - que, como já disse, era a minha solução preferida); isto deu ao Benfica a tranquilidade necessária para suster os ímpetos do adversário;
  • os grandes jogos do Benfica com equipas estrangeiras (Arsenal e Bayer Leverkusen) já estavam a ficar demasiado longínquas; precisávamos mesmo disto;
  • os sete possíveis adversários do Benfica são todos do piorio, mas se, sem Simão, Miccoli e Karagounis eliminámos o Manchester, quem pode dizer o que quer que seja?
No domingo que vem jogamos com o Boavista e é sempre bom lembrar que faltam 21 jornadas para sermos bi-campeões.

07 dezembro 2005

Limericks

Não sei se alguma vez ouviram falar de "Limericks".

Trata-se de quintetos de versos, normalmente em inglês, com uma musicalidade extraordinária, em que os versos rimam de uma forma específica (1º com 2º e com 5º; 3º com 4º) e com uma construção silábica também muito própria (os 3º e 4º versos são mais curtos que os restantes).

São normalmente "picantes", mas podem também não o ser.

Sempre ouvi dizer que há concursos de "Limericks" e que até há livros com exemplos.

Lembro-me também de, nalguns programas, o inesquecível Benny Hill declamar uns quantos.

Para quem nunca viu, deixo abaixo três exemplos (resultam muito melhor se os conseguirem pronunciar em voz alta com o ritmo adequado).


A macho young swimmer named Dwyer
Really liked playing with fire
One night in the dark
He swam with a shark
And his voice is now two octaves higher.

There once was a fly on the wall
I wonder why didn't it fall
Bacause its feet stuck
Or was it just luck
Or does gravity miss things so small.

It's a favourite project of mine
A new value of pi to assign
I would fix it at 3
For it's simpler, you see
Than trhee point one four one five nine.

Hoje, às 19:45

Calinadas na Rádio - Episódio 4

Hoje de Manhã, na Rádio Comercial. Concurso Cepsa que oferece 350 Euros em combustíveis Cepsa Óptima a quem responder certo a uma pergunta. A concorrente é de Cinfães.

Pedro Ribeiro: Que tipos de Combustíveis Cepsa óptima existem?

  • A) Diesel e Gasolina sem Chumbo 98
  • B) Diesel, Super e Mata-Bicho
  • C) Sem Chumbo 98 e Gasóleo Agrícola

Concorrente: ...
Pedro Ribeiro: Vá lá, A, B ou C?
Concorrente: O que é Mata-Bicho?

Pedro Ribeiro ainda foi dizendo que "Mata-Bicho é uma coisa um bocado alternativa, não vá por aí".

À sorte, a concorrente respondeu "A" e ganhou o prémio.

06 dezembro 2005

Manuel Alegre 0 - Cavaco Silva 0


Vocês viram o debate ontem à noite?

Conseguiram resistir ao tédio?

Quando se soube que as televisões tinham chegado a um acordo sobre o formato dos debates, já se desconfiava que não vinha de lá nada de bom.

Qual é o português que está disposto a ver um debate sem interrupções, sem insultos, sem acusações, críticas, enfim, sem a possibilidade de, a qualquer momento, a coisa degenerar em chapada?

Que saudades do debate de Carmona com Carrilho.

Este não teve gracinha nenhuma. Foram duas entrevistas individuais em simultâneo. Ainda assim, vou tentar justificar o empate a zero referido no título do post.

As regras para este campeonato são as seguintes: cada candidato pode marcar até quatro "golos": presença física, presença psicológica, marketing e política.

E neste encontro a avaliação foi a seguinte:

  • Presença física: Cavaco Silva está cada vez mais parecido com um zombie e já se está a tornar insuportável olhar para ele enquanto fala, ou melhor, enquanto balbucia, com uma péssima dicção e uma boca completamente torcida, o que quer que seja. Manuel Alegre faz uma estreia na utilização de gel no cabelo o que, para um poeta, não fica nada bem. Gesticula muito e bem, mas de vez em quando, enquanto fala, olha para o adversário como que procurando alguma reacção (as reacções faciais de Cavaco estão nível das da estátua do Marquês de Pombal). Resultado: 0 para ambos.
  • Presença psicológica: avalio aqui a capacidade de improviso e a preparação psicológica para o debate. Como estão os dois à frente nas sondagens, não era de esperar qualquer milagre, e o formato do programa (em muitos casos, nem sequer havia resposta dos dois candidatos à mesma pergunta) também não ajudou. Resultado: 0 para ambos.
  • Marketing: nenhum dos candidatos conseguiu vender a sua imagem (e aqui esperava talvez um pouco mais de Manuel Alegre, o português que mais próximo está de falar como o Ary). Resultado: 0 para ambos.
  • Política: todas as respostas eram previsíveis, ninguém fugiu ao que nós já sabíamos que iria ser dito, e até Ricardo Costa (talvez por força do formato definido) fugiu das perguntas que só ele sabe fazer e que provocam o pânico (Constança Cunha e Sá também o consegue, só que ele é muito mais educado). Nada de novo neste debate. Resultado: 0 para ambos.
Espera-se que Mário Soares (useiro e vezeiro a ignorar as regras - vejam-se os casos das assembleias de voto) possa nos debates soltar um "não diga disparates", um "o senhor é um aldrabão", etc., e que Francisco Louçã solte, aqui e ali, um "o senhor é um terrorista político", um "o senhor é um inimputável" ou qualquer coisa do género, para ver se isto anima em vez de nos arriscarmos a assistir, com bocejos, muitos bocejos, a dez empates a zero neste campeonato que se adivinha longo.

Calinadas na TV - Episódio 10

No concurso "O Cofre", já na última fase, a pergunta era: Que autor escreveu "A vingança de Smiley?".

Depois de esgotado o tempo sem a concorrente conseguir responder, e após confirmação de que os 4 negociadores também não sabiam, Jorge Gabriel lança uma pista: "007, não lhes diz nada?... Foi John Le Carré".

O criador de 007, em 1959, foi Ian Fleming.

05 dezembro 2005

Momento Monty Python - 5



Hoje convosco o sketch que tem sido considerado como o melhor de todos os tempos.



The Pet Shop

A costumer enters a Pet Shop.

Customer: Hello, miss.
Owner: What do you mean, miss?
Customer: I'm sorry, I have a cold. I wish to make a complaint.
Owner: We're closing for lunch.
Customer: Never mind that, lad. I wish to complain about this parrot that I purchased not half an hour ago from this very boutique.
Owner: Oh, yes, the, uh, Norwegian Blue... what´s, uh, what´s wrong with it?
Customer: I'll tell you what's wrong with it, my lad. He´s dead, that´s what´s wrong with it.
Owner: No, no, he´s, uh... he´s resting.
Customer: Look, matey, I know a dead parrot when I see one, and I´m looking at one right now.
Owner: No, no, he´s not dead, he´s... he´s resting. Remarkable bird, the Norwegian Blue, isn´t it? Beautiful plumage!
Customer: The plumage don't enter into it. It's stone dead.
Owner: No, no, no, no, no, he´s resting!
Customer: All right, then. If he´s resting, I'll wake him up. (Shouting at the cage) Hello, Mister Polly Parrot. I've got a lovely fresh cuttle fish for you if you show...
(Owner hits the cage)
Owner: There, he moved.
Customer: No, he didn't. That was you hitting the cage!
Owner: I never...
Customer: Yes, you did!
Owner: I never, never did anything...
Customer: (yelling and hitting the cage repeatedly) HELLO, POLLY. Testing! Testing! Testing! Testing! This is your nine o'clock alarm call. (Takes parrot out of the cage and thumps its head on the counter. Throws it up in the air and watches it plummet to the floor) Now that´s what I call a dead parrot.
Owner: No, no, no, he´s stunned.
Customer: Stunned?
Owner: Yeah! You stunned him, just as he was waking up! Norwegian Blues stun easily, major.
Customer: Um... now look... now look, mate. I've definitely had enough of this. That parrot is definitely deceased, and when I purchased it, not half an hour ago, you assured me that its total lack of movement was due to it being tired and shagged out following a prolonged squawk.
Owner: Well, he's... he's, uh... probably pining for the fjords.
Customer: Pining for the fjords? What king of talk is that? Look, why did he fall flat on his back the moment I got him home?
Owner: The Norwegian Blue prefers keeping on his back. Remarkable bird, isn't it, squire? Lovely plumage.
Customer: Look, I took the liberty of examinig that parrot when I got it home, and I discovered that the only reason why it had been sitting on his perch in the first place was that it had been NAILED there.

(pause)

Owner: Well, of course it has been nailed there. If I hadn't nailed that bird down, it would have nuzzled up to those bars, bent them apart with his beak, and voom.
Customer: Voom? Mate, this bird wouldn't "voom" if you put four million volts through it.
Owner: He´s pining.
Customer: He´s not pining! He´s passed on! This parrot is no more! He has ceased to be! He´s expired and gone to meet his maker! He´s a stiff! Bereft of life, he rests in peace! If you hadn't nailed him to the perch, he'd be pushing up the daisies! His metabolic processes are now history! He's off the twig! He´s kicked the bucket! He´s shuffled off his mortal coil, run down the curtain and join the bleeding choir invisible! This is an Ex-Parrot!

(pause)

Owner: Well, I'd better replace it, then. (Takes a quick peek behind the counter) Sorry, squire, I've had a look around the back of the shop and we're right out of parrots.
Customer: I see, I see, I get the picture.
Owner: I got a slug.

(pause)

Customer: Pray, does it talk?
Owner: Nnnnot really.
Customer: WELL, IT'S HARDLY A BLOODY REPLACEMENT THEN, ISN'T IT?
Owner: Well, I never wanted to do this in the first place, I wanted to be... a Lumberjack.

Marítimo 0 - Benfica 1


Há certas coisas que me fazem alguma confusão. Vi o jogo quase todo e achei que o Benfica jogou globalmente bem.

A equipa revelou uma rapidez considerável na troca de bola (nem sempre bem, mas isto de jogar ao primeiro toque tem destas coisas) e nas movimentações em campo, criou um número de ocasiões de golo bastante razoável para o momento que atravessa, marcou dois golos (um deles invalidado por fora de jogo existente) e revelou uma postura defensiva sólida, apesar de nem sempre tranquila.

Isto é, em minha opinião, o retrato de um jogo muitíssimo bem conseguido, num campo tradicionalmente difícil para todos.

Mas quando vou ouvir os comentários, parece que só eu é que penso assim. O que os comentadores invariavelmente dizem é que o Benfica jogou pouco, foi lento, foi dominado, etc.

Estavam à espera exactamente de quê? Que equipa conseguiu, nesta jornada, muito mais remates à baliza do que o Benfica?

Na verdade, todos os jogadores produziram um pouquinho mais do que eu esperava, à excepção de Quim, que num certo lance em que um remate do adversário quase foi à baliza (chapéu) pareceu ter medo de se fazer ao lance, o que indica que não está recuperado. Também não foi sempre ele a marcar os pontapés de baliza (o que é significativo em termos de condições físicas), mas até resultou bem no lance do golo.

Quanto ao Marítimo, julgo que cometeu o pecado da soberba. Em condições normais a reacção de qualquer equipa a um golo do Benfica deveria ser: "o Benfica marcou; é normal; se o Benfica nos ganhar, não é nada do outro mundo". E o jogo continua com tranquilidade e às vezes acabam por empatar ou mesmo ganhar.

Mas o Marítimo encarou o jogo de outra forma. Quando o Benfica marcou reagiu mais ao estilo "era o que faltava vir agora o Benfica ganhar no nosso estádio; isto não pode ser". O resultado foi muita corrida, mas pouquíssimo futebol, redundando numa derrota mais do que merecida.

Em conclusão, faltam 21 jornadas para sermos bi-campeões e, no entretanto, venha de lá o Manchester United que, com Simão ou sem Simão, acreditamos que podemos vencer.