30 janeiro 2006

Benfica 1 - Sporting 3



Sobre o jogo, algumas notas que, por tão óbvias, poderiam nem ser escritas:

1 - Foi um dos piores jogos do Benfica esta época. Chegar ao fim da primeira parte sem uma única ocasião de golo criada só pode ser superado por uma segunda parte ainda pior. Não estou a contar como ocasião de golo aquele livre perigoso por o árbitro ter considerado que o Ricardo saiu da área com a bola na mão (porque não saiu, a não ser depois de ser tocado por Geovanni);

2 - Assisti ao jogo no magnífico Salão Mondego do magnífico Hotel Astoria, em Coimbra. A minha mulher, ao lado da televisão mas sem assistir ao jogo, lia um livro. Ao intervalo, a caminho do Restaurante para jantar, o diálogo foi o seguinte:
- E como está a coisa?
- O Benfica está a ganhar sem criar perigo e o Sporting, sem jogar muito, já criou umas quatro ocasiões de golo.
- Então o Sporting ainda pode ganhar?
- Não acredito. Se eu vi o que vi, o treinador do Benfica também viu e vai corrigir.
Mas não corrigiu e a segunda parte foi uma desgraça.

3 - Não estou nada preocupado com o efeito da derrota. De resto, de cada vez que o Benfica perdeu nesta época, arrancou para uma boa série de vitórias. E como o Porto empatou, continua ao nosso alcance.

4 - O efeito do grande número de vitórias consecutivas não podia deixar de ser este. Os jogadores começaram a convencer-se de que o resultado apareceria, mais cedo ou mais tarde, e o golo veio reforçar esssa idéia. E se o árbitro tem marcado aquela falta sobre o Nuno Gomes na área do Sporting (quando ainda estava 1-0) se calhar a coisa até funcionava. Ainda bem que não marcou, quer porque se redimiu da falta mal assinalada ao Ricardo, quer porque tornou possível uma exibição do Sporting que eu acho que já não via desde o célebre Benfica-Sporting para a Taça de Portugal do ano passado (e a minha gente lá em casa ficou tão contente que até dá gosto).

5 - E o São Pedro (conhecido simpatizante do Benfica) escusava de ficar tão mal disposto. Atirar com neve para cima de nós foi esticar a corda um bocadinho (apesar do efeito magnífico, só possível visto do comboio, de mais de cem quilómetros a ver neve de ambos os lados).

Enfim, tudo estará bem se o Benfica tiver aprendido a lição e a aplicar bem nos jogos com a União de Leiria, o Penafiel e o Vitória de Guimarães.

Faltam 14 jornadas para sermos bi-campeões.

26 janeiro 2006

Era uma Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique para levar, se faz favor


As condecorações estão em saldo.

Passo todos os dias à porta do Palácio de Belém (até ao dia 9 de Março) e tenho a impressão de que, se hoje dissesse ao porteiro "Vinha buscar a minha condecoraçãozinha", o tipo me deixava entrar sem pestanejar, fazendo apenas aquele olhar resignado do "hoje em dia, qualquer um...".

Pois é, final de mandato equivale a época de saldos nas condecorações.

Vi pela manhã imagens do momento da condecoração de José António Tenente e Augustus pelos elevados serviços prestados à nação (que, já agora, não sairam propriamente de borla).

É que a primeira dama (esta) nem por isso parece ser difícil de vestir. Eu quero ver é se há condecorações suficientes para oferecer a quem consiga vestir a primeira dama (a partir de 9 de Março) por forma a não parecer uma sopeira. Aí sim, a condecoração é mais do que merecida.

E como uma imagem vale mais do que mil palavras, vejam na foto acima a forma como uma parte do casaco da senhora se recusa terminantemente a entrar em contacto com o corpo da dita.

Estúpidos. Tiveram um dia inteiro para reflectir e não lhes passou isto pela cabeça.

25 janeiro 2006

Gil Vicente 1 - Benfica 3


Mais um jogo a confirmar o excelente momento de forma do Glorioso.

O conjunto de vitórias consecutivas (sete para a Super Liga) permite encarar o jogo com o Sporting com uma tranquilidade inesperada. Se o Sporting perder fica a nove pontos do Benfica e talvez a doze do Porto e a coisa complica-se. Se o Benfica perder fica ainda no segundo lugar. Admito que, estando a pressão do lado do Sporting, o jogo possa correr de feição ao Benfica, mas acho muito provável um empate num jogo fraco.

Mas isso é só no Sábado. Quanto ao jogo de Barcelos, creio que o Benfica foi, uma vez mais, um justo vencedor. Os adversários dos últimos sete jogos deviam pôr a mão na consciência e reconhecer que jogaram mal e sem ambição (à excepção do Nacional) em vez de andarem à procura das razões da derrota onde elas não estão.

Neste caso, reinventou-se a roda. Imaginem que o treinador do Gil Vicente disse, por outras palavras (e concentrem-se no raciocício, porque isto não é fácil) que o árbitro prejudicou o Gil Vicente ao marcar a grande penalidade contra... o Benfica. Isto porque, na opinião deste senhor, essa grande penalidade deu ao árbitro a legitimidade para beneficiar o Benfica durante os 82 minutos que faltavam. Acompanharam? É gira, não é?

A grande penalidade contra o Gil Vicente não o seria noutros tempos, mas hoje em dia, como já disse noutros posts, a única solução é castigar sempre.

O protesto do Gil Vicente quanto a uma grande penalidade que terá ficado por assinalar (hipoteticamente cometida por Luisão) seria muito respeitável se não se desse o caso de o jogador do Gil já estar estatelado no chão antes de qualquer contacto.

Grande golo de Geovanni, grande frango de Jorge Baptista, frango que serve para castigar um clube que tem a mania que é grande (aposto que o camarote do presidente no estádio é tão bom como o dos melhores) mas que não trata a relva como deve. Poucos minutos antes do sucedido, quase aconteceu o mesmo ao Moretto.

Faltam 15 jornadas para sermos bi-campeões.

23 janeiro 2006

A noite eleitoral - 3

Notas soltas sobre o que valeu a pena ou nem tanto na noite das eleições:

  • o aparato da SIC, com várias salas e muita gente, todas as pessoas a serem interrompidas pelos directos (é gente a mais - quem sintonizou a SIC para ouvir, por exemplo, António Lobo Xavier, teve que esperar mais de duas horas para o primeiro comentário);
  • o maquiavelismo exacerbado de José Sócrates ao calar um candidato ganhador (mesmo que tenha perdido);
  • a falta de respeito de Mário Soares ao não comentar os resultados de Manuel Alegre;
  • a indignação de Helena Roseta, mais do que contra José Sócrates, contra as televisões;
  • o resultado espantoso de Jerónimo de Sousa;
  • a primeira derrota do Bloco de Esquerda, tão inesperada que ainda hoje não foi reconhecida pelos próprios;
  • o desencanto lá em casa pelos resultados;
  • a nova primeira dama (ainda não é, ainda não é);
  • a ridícula declaração do líder do "outro partido";
  • a Leonor Beleza que está cada vez mais bonita;
  • a Maria que está cada vez mais feia;
  • o novo presidente (ainda não é, ainda não é) que diz "preocupaçães" no discurso de vitória;
  • o Jorge Coelho à procura de um buraquito onde se enfiar;
  • o novo presidente que aproveita uma pausa no discurso da varanda para tirar macacos do nariz;
  • pensar que passo todos os dias à porta do Palácio de Belém (ainda passo, ainda passo).

A noite eleitoral - 2

Ainda na Praça do Império.

Jornalista (acabado de vir da senhora com a fibromialgia) - E temos aqui um senhor com um cartaz da campanha de Cavaco Silva para as Legislativas de 1991. Porque é que trouxe esse cartaz?

Senhor - Então não vê o que está escrito? "Rumo ao Futuro".

Jornalista - No cartaz está escrito "No bom caminho".

Senhor - É isso, é isso.

A noite eleitoral - 1

Na Praça do Império, Cavaco acaba de discursar à multidão.

Jornalista - E temos aqui uma senhora com lágrimas nos olhos. Minha senhora, isso não são lágrimas de tristeza, pois não? São de alegria.

Senhora - É que tenho uma fibromialgia, e blá blá blá... e largo na farmácia blá, blá, blá... e o Dr. Cavaco é que vai fazer bem ao país.

Nota: não posso garantir que a senhora tenha aquela "dor que me arrepanha toda esta zona aqui", mas se calhar mudei de canal entretanto.

Deixa cá ver se não me esqueço

O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.
O presidente ainda é o Jorge Sampaio.

20 janeiro 2006

O Jantar/Comício de Garcia Pereira

Fui, sim senhor. E gostei muito.

Tenho muita coisa para escrever acerca do evento, mas hoje, infelizmente, falta-me o tempo.

Voltarei a este assunto nos próximos dias.

19 janeiro 2006

Nostalgia - 1

As saudades que tenho daquele programa antigo (era eu bastante pequeno) em que se contava uma história para crianças e, ao mesmo tempo que a história era contada, apenas se via no ecran um desenho a aparecer (o desenho era feito num vidro opaco e o desenhador estava atrás do vidro). A cada história correspondiam seis ou sete desenhos que nos deixavam aquela sensação esquisita de que desenhar até era fácil.

Hoje temos o Digimon e os Beyblades.

18 janeiro 2006

Correio

Recebi agorinha mesmo por mail, oriundo da minha comentadora Pi (que se torna assim também colaboradora, ainda que involuntária) este texto delicioso.


Redassão

O Mano

Quando eu tiver um mano, vai-se chamar Herrare, porque Herrare é o mano.
Eu vou gostar muito do meu mano.


As voltas que o mundo dá

É oficial.

Vou estar presente no jantar-comício de Garcia Pereira amanhã no Parque das Nações.

Não, não vou votar nele.

O meu voto continua a ir para Mário Soares. Mas a minha comadre, fervorosa adepta de Garcia Pereira, manifestou tanta vontade em estar presente que eu tinha que ir com ela.

Afinal, como já disse lá em baixo, Garcia Pereira foi meu professor e guardo desses tempos as melhores recordações. É com muito gosto que contribuo para uma campanha que deve contar os tostões todas as noites antes de decidir onde vai no dia seguinte (é a única nestas condições, uma vez que todas as outras prometem ultrapassar a fasquia definida - julgo que nos 5% - a partir da qual se recebe do Estado o dinheirinho respectivo; por isso é que Garcia Pereira tem que pedir aos convivas muito mais do que os 5 a 10 Euros que os outros candidatos pedem por cada jantar, o que lhes permite ter as salas cheias por esse país fora).

Diz o roto ao nu

Matilde Sousa Franco (viúva do político, governante e professor Sousa Franco) acusou Manuel Alegre de oportunismo político quando se soube que o candidato iria estar na Lota de Matosinhos (e nós sabemos que uma eleição só o é verdadeiramente após uma acção de campanha nesse local).

Matilde Sousa Franco, deputada do Partido Socialista, chegou ao parlamento graças a um único factor: ser a viúva de Sousa Franco.

Onde está o oportunismo afinal?

16 janeiro 2006

E já agora

Sabem aquela do disléxico paranóico?

Ele achava sempre que estava a seguir alguém.

Benfica 2 - Académica 0



E vão oito. Oito vitórias consecutivas (seis para o Campeonato, uma para a Taça de Portugal e uma para a Liga dos Campeões). Treze golos marcados (fraquinho para o futebol produzido) e apenas um sofrido (Manchester United, claro).

É obra.

O Benfica entrou agora na fase de apanhar de seguida o primeiro grupo de clubes com os quais perdeu pontos na primeira volta (Académica, Gil Vicente e Sporting) e não começou mal.

Deve dizer-se no entanto que a Académica jogou ontem muito melhor do que quando empatou com o Benfica na primeira jornada.

Erros graves de arbitragem neste jogo vi dois.

O primeiro foi a grande penalidade não assinalada contra o Benfica (Luisão pode não ter intenção de jogar a bola com a mão e até está muito perto do remate, não podendo desviar-se, mas a bola ia para a baliza e o Luisão cortou mesmo a bola com a mão).

O segundo foi a não explusão directa de um jogador da Académica por carga para lá de violenta sobre Beto.

Os outros lances dados como polémicos não o são de facto (a grande penalidade a favor do Benfica existe mesmo e o lance de Nuno Gomes para o golo de Luisão também não causa grandes dúvidas).

O que interessa é que o Benfica jogou bem e promete continuar a jogar bem.

Importante também é o facto de o Benfica ter voltado a depender apenas de si próprio para ganhar o Campeonato.

É que faltam 16 jornadas para sermos bi-campeões.

P.S. - Não gosto de comentar jogos onde não entra o Benfica, mas não resisto: o senhor Olarápio Benquerença parece estar a especializar-se em tirar bolas de dentro da baliza do Porto; à semelhança do que fez na Luz na época passada, desta vez anulou o que para mim foi um golo limpo do Estrela da Amadora (e com 3-0 na primeira parte a coisa prometia).

13 janeiro 2006

Roam-se de inveja

Entrevista de Karyaka (jogador do Benfica) a um jornal russo: "Portugal é um país atrasado; acredito que Lisboa está cerca de 20 anos atrasada".

Capa do "Correio da Manhã" de hoje: "Portugal atrasado 20 anos em relação à Europa".

Ó não benfiquistas: não gostavam de ter nos vossos plantéis um jogador com esta visão?

É que, se gostarem, vendemos baratinho.

12 janeiro 2006

Tourizense 0 - Benfica 2



O jogo não foi grande coisa (por força da utilização dos reforços, ainda pouco integrados), mas não deixou margem para surpresas.

Já vão sete vitórias consecutivas.

O amanhecer do dia de hoje brindou a capital com uma bela cor encarniçada, à laia de homenagem.

Bem, continuam a faltar 17 jornadas para sermos bi-campeões.

11 janeiro 2006

Ao menos não chateiem


Se calhar o Mário Soares até tem razão quando critica a falta de isenção da comunicação social.

Claro que não vou aqui aproveitar para fazer campanha pelo velhote, que não precisa de mim para fazer estragos nas previsões alheias.

Não. Este post é sobre o Garcia Pereira. Já gozei com ele num post antigo, mas desta vez tenho que reconhecer que não foi bem tratado.

E não estou a falar da ausência dele nos debates. Representa demasiado pouca gente para ter direito a fazer cinco debates longos na TV e as audiências mandam o que mandam.

Não. Estou a falar de uma reportagem que vi esta manhã na Sic Notícias sobre a presença deste candidato num certo noticiário de ontem.

A notícia que vi hoje durou um minuto. Tivémos direito a ouvir o candidato durante 20 segundos e, durante os outros 40, o jornalista a dizer, por outras palavras, o mesmo que o candidato tinha dito.

Mas o pior não foi isso. É que, enquanto o jornalista falava, as imagens mostravam o candidato na maquilhagem (tipo cadeira de barbeiro, com toalha e tudo), o candidato durante a colocação do microfone na lapela e o candidato a entrar nas instalações da televisão.

Quando se trata de figuras que passam a vida na televisão, estas imagens são correntes e nada têm de extraordinário.

Mas quando se trata de uma pessoa que só muito raramente se vê na televisão (muito menos do que o próprio gostaria), e que, quando aparece, é extremamente acutilante (e até agressivo) no discurso, a apresentação destas imagens produz um efeito de menorização da imagem pública do candidato..

Garcia Pereira foi meu professor na Universidade em 1987/1988 e, do contacto com ele, restam-me as melhores recordações.

Passava muito bem sem ter visto a "humilhação" a que a Sic Notícias o sujeitou.

10 janeiro 2006

Um pouquinho de nós

Um homem procurava desesperadamente um lugar para estacionar, pois já estava atrasado para uma reunião. No seu desespero, eleva os olhos ao céu e diz:
- Deus, se me arranjares um lugarzinho para estacionar, prometo que passo a ir à missa todos os Domingos.
Como por milagre, aparece um lugar para estacionar e o homem diz:
- Esquece, já encontrei um.

As horas

Eu tinha um Vídeo. Digo "tinha um" porque há já bastante tempo que tenho dois.

Quando o primeiro avariou, comprei outro e, verificando que a avaria não era de reparação dispendiosa, decidi reparar o antigo, passando o novo a residir no meu quarto e o velho na sala.

Este Vídeo tinha uma particularidade comum a muitos da época (tem agora cerca de 12 anos): quando está ligado mostra o contador da cassete e quando está desligado mostra o relógio.

Bom. Até aqui tudo bem.

Acontece que a minha mulher, que sempre nutriu uma profunda antipatia pelo funcionamento do aparelho (coisa que não se compreende lá muito bem, porque não pode ser mais difícil do que a programação da máquina de lavar roupa), alegando que o que sabe fazer já não é nada pouco (verdade) e que não a diminui em nada o não saber operar o vídeo (verdade) embirrava frequentemente por não conseguir ver as horas no aparelho quando ele estava ligado e, em vez de pedir simplesmente "Desliga o Vídeo" optou por usar uma das frases (hoje já clássicas) lá da casa: "Põe nas horas".

Quando da arrumação das decorações de Natal no passado Sábado, e sem se perceber muito bem porquê, o Vídeo velho avariou novamente (e desta deve mesmo ir para o lixo).

Ontem ao jantar, o meu filho sentou-se à mesa e disse: "Apá (que sou eu), o que é feito do local das horas?".

Calinadas na TV - Episódio 11

Ontem à noite, no Prós e Contras da RTP 1, Bettencourt Picanço (que se entusiasma em demasia sempre que lhe põem um microfone à frente) disse, no calor de uma intervenção que "os funcionários públicos também pagam impostos, até entregam um terço do seu salário para IRS".

Não queria ser eu a dizer-lhe isto, mas a taxa de 33% de retenção para IRS nem existe na tabela de retenções mensais, que se fica por cerca de 31% ou 32% (e, para atingir esta taxa, é preciso um rendimento mensal superior a oito mil Euros mensais, caso em que eu duvido que algum funcionário público esteja para se dar ao trabalho de se sindicalizar).

É claro que o senhor se referia à soma da Taxa de IRS (cerca de 22%) com a Taxa Social Única (11%) mas, para quem se considera o supremo detentor da verdade e o crítico mor da pátria, não é nada bom sinal vir para a televisão largar calinadas destas.

Benfica 2 - Paços de Ferreira 0


Mais um jogo, mais uma vitória. Quando assim é os posts escrevem-se praticamente sozinhos.

É muito mais fácil comentar um resultado favorável.

O Benfica chega ao fim da primeira volta no lugar que efectivamente merece.

O Porto tem melhor equipa este ano e o primeiro lugar assenta-lhe que nem uma luva, apesar de as coisas virem provavelmente a mudar, dado que depende muito de muito poucos, enquanto no Benfica se nota menor presença de estrelas mas mais espírito colectivo.

É claro que, aqui e ali, surgem aquelas pequenas picardias nos treinos ou no balneário como a que aconteceu entre Luisão e Karagounis. Para os sportinguistas que não se esqueceram de mo lembrar, apenas vos digo que isto só foi possível porque o Luisão, central brasileiro, voltou de férias a tempo do primeiro treino.

O jogo com o Paços não foi dos melhores, mas foi bastante razoável. Os reforços não impressionaram (neste jornada impresionaram-me pela positiva os dois miúdos que o Paulo Bento lançou em Braga) mas também não desiludiram, apesar de me parecer injusto tirar o Quim da baliza nesta altura.

Geovanni só foi ponta de lança cinco minutos e fez um bonito golo. Isto quer dizer alguma coisa.

A afluência de público ao estádio, apesar de não ser a melhor da época, foi a suficiente para se poder garantir que só no Estádio da Luz pode ser ultrapassada.

Enfim, faltam 17 jornadas para sermos bi-campeões.

06 janeiro 2006

Pensavam que se livravam de mim?

Mas não. Cá estou eu novamente.

Aproveito para desejar um bom ano para todos e, como não podia deixar de ser, fazer um balanço do ano de 2005 e atirar umas perspectivas para 2006.

O que o ano de 2005 teve de bom:
  • o presidente era o Jorge Sampaio
  • a primeira dama não era a Maria Cavaco Silva
  • o meu filho teve boas notas
  • Gato Fedorento ao Vivo
  • Benfica campeão (e a vitória sobre o Manchester United)
  • o que nos rimos à custa do Santana Lopes
O que o ano de 2005 teve de mau:
  • o Santana Lopes (quando analisado a sério)
  • os autarcas que os estúpidos dos portugueses elegeram
  • o Bibi anda à solta
  • o Gilberto Madail
  • a Manuela Moura Guedes
O que o ano 2006 promete de bom:
  • Benfica bi-campeão (eliminando na Liga dos Campeões pelo menos o Liverpool)
O que o ano de 2006 promete de mau:
  • a Maria Cavaco Silva (bolas, até o meu irmão vai votar no gajo)
  • os autocolantes "Não tenho culpa, não votei Cavaco"
  • as imagens televisivas da ceia de Natal do Cavaco
  • mais clubes a acabar com o futebol profissional por falta de meios financeiros
  • o Gilberto Madail
  • a TVI em geral (com excepção para as transmissões dos jogos do Benfica)
Enfim, respiremos fundo e vamos a isto.