30 agosto 2005

Já a pulga tem catarro

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Já há muito que ando para falar disto, mas tem escapado.

Já repararam na linguagem utilizada nos resumos de jogos de futebol da Super Liga que são apresentados na televisão fora dos programas desportivos? É que é de bradar aos céus.
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Utilizam uma linguagem exageradamente sarcástica para comentar os falhanços deste ou daquele jogador e o resultado final lembra alguém a contar uma anedota.

Hei-de voltar a este tema para vos dar alguns exemplos.

Mas o que me levou a escrever sobre isto até nem teve nada a ver com o futebol. É que, ontem à noite, a propósito da acumulação de vencimentos e reformas no Estado a da nova lei que tenta impedir esta situação, Bettencourt Picanço, armado em engraçadinho, comentou: "É uma lei que não aquenta nem arrefenta."

Não é que a expressão não exista, mas é preciso um pouco mais de classe para vir à televisão, em representação de uma montanha de gente, atirar com dichotes destes, que ficam muito bem numa conversa de café, mas caem muito mal em qualquer outra situação.