20 dezembro 2005

Benfica 1 - Nacional 0


Ponto n.º 1 - O golo do Benfica foi precedido de falta de Luisão sobre o Guarda Redes do Nacional.

Ponto n.º 2 - Em caso de dúvida, ver o ponto n.º 1.

Arrumada esta questão, já se pode falar do jogo em paz e sossego. Foi um jogo fraquinho, mas aceitável. O Benfica tem vindo a enfrentar uma sére de jogos complicada e o que conseguiu produzir é melhor do que o que se deveria esperar.

Acerca do golo, não vou referir outras situações do jogo para o compensar, nem vou fazer a colecção de casos de outros jogos, nem de outros clubes. O assunto está arrumado.

Não queria no entanto deixar de fazer aqui uma espécie de desabafo.

Noutros tempos, nunca havia cotoveladas quando dois adversários saltavam ao mesmo tempo para cabecear uma bola. Agora, sempre que se salta, o cotovelo já vai preparado para o que der e vier.

Noutros tempos, a conversa do "bola na mão ou mão na bola" era genuína e quando se utilizava a palavra "casual" para designar um toque da bola na mão de um jogador, o caso resumia-se a isso mesmo. Agora, quando um adversário tenta centrar uma bola ou rematar à baliza, os defesas já colocam os braços de forma a cobrir uma maior área (antigamente, a "mancha" estava reservada apenas aos Guarda Redes) e, mesmo que estejam de costas para a bola, convenço-me de que fizeram de propósito para cortar a bola com a mão.

Noutros tempos, a regra de não poder tocar no Guarda Redes dentro da pequena área era levada a sério. Agora, sempre que um jogador tenta jogar de cabeça dentro da pequena área adversária, basta ao Guarda Redes lançar-se em voo, não para defender a bola, mas para conseguir tocar o adversário, porque assim será sempre falta (desta vez, por acaso, até nem foi).

Noutros tempos, era possível ver futebol descansadamente. Agora, a coisa faz lembrar aquelas séries americanas de advogados.

Isto não é fácil.

Seja como for, faltam 19 jornadas para sermos bi-campeões.