As canções da minha vida - 5
Mais uma daquelas que me lembro de cantar de ponta a ponta pelos cantos. A canção é de 1973 e representa a música de intervenção no seu melhor (nem se percebe muito bem como a censura a deixou passar).
Autor: José Carlos Ary dos Santos
Compositor e Intérprete: Fernando Tordo
TOURADA
Não importa sol ou sombra,
camarotes ou barreiras,
toureamos ombro a ombro as feras.
Ninguém nos leva ao engano,
toureamos mano a mano,
só nos podem causar dano esperas.
Entram guizos, chocas e capotes e mantilhas pretas.
Entram espadas, chifres e derrotes e alguns poetas.
Entram bravos, cravos e dichotes, porque tudo o mais são tretas.
Entram vacas depois dos forcados que não pegam nada.
Soam Bravos e Olés dos nabos que não pagam nada.
E só ficam os peões de brega cuja profissão não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera,
estamos na Praça da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza graça.
Entram velhas doidas e turistas, entram excursões.
Entram benefícios e cronistas, entram aldrabões.
Entram marialvas e coristas, entram galifões de crista.
Entram cavaleiros à garupa do seu heroísmo.
Entra aquela música maluca do passodoblismo.
Entra a aficionada e a caduca mais o snobismo... e cismo.
Entram empresários moralistas, entram frustrações.
Entram antiquários e fadistas e contradições.
E entra muito dólar, muita gente que dá lucro aos milhões.
E diz o Inteligente que acabaram as canções.
Não importa sol ou sombra,
camarotes ou barreiras,
toureamos ombro a ombro as feras.
Ninguém nos leva ao engano,
toureamos mano a mano,
só nos podem causar dano esperas.
Entram guizos, chocas e capotes e mantilhas pretas.
Entram espadas, chifres e derrotes e alguns poetas.
Entram bravos, cravos e dichotes, porque tudo o mais são tretas.
Entram vacas depois dos forcados que não pegam nada.
Soam Bravos e Olés dos nabos que não pagam nada.
E só ficam os peões de brega cuja profissão não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera,
estamos na Praça da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza graça.
Entram velhas doidas e turistas, entram excursões.
Entram benefícios e cronistas, entram aldrabões.
Entram marialvas e coristas, entram galifões de crista.
Entram cavaleiros à garupa do seu heroísmo.
Entra aquela música maluca do passodoblismo.
Entra a aficionada e a caduca mais o snobismo... e cismo.
Entram empresários moralistas, entram frustrações.
Entram antiquários e fadistas e contradições.
E entra muito dólar, muita gente que dá lucro aos milhões.
E diz o Inteligente que acabaram as canções.
Autor: José Carlos Ary dos Santos
Compositor e Intérprete: Fernando Tordo
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