23 fevereiro 2006

Benfica 1 - Liverpool 0


Mais uma noite europeia de glória.

Mesmo que não ganhassem nada este ano, acho que os adeptos do Glorioso já se dariam por satisfeitos.

Ainda para mais, o Liverpool não tinha ainda perdido esta época para a Liga dos Campeões e já não sofria golos há largas centenas de minutos.

A vitória foi merecida. Após uma primeira parte sem grandes atractivos em termos de situações de golo, mas interessante de seguir quanto às movimentações do meio campo, o Benfica arrancou para uma segunda parte de boa qualidade (tendo em conta o gabarito do adversário) e foi a única equipa que procuro a vitória.

Com especiais destaques para Luisão, Petit e Leo, acho que a equipa esteve globalmente bem e, na segunda mão, se a defesa voltar a provar que está de novo no seu melhor, pode muito bem ficar carimbada a passagem aos quartos de final.

A ver vamos.

Para já, a preocupação é com o Porto. Apesar de ser uma grande equipa, acredito que o Benfica pode vencê-la e, se o fizesse, teria (em apenas seis dias) derrotado os dois últimos campeões europeus. Calhava bem para o ânimo, não calhava?

Faltam 11 jornadas para sermos bi-campeões.

Calinadas na TV - Episódio 12

Ontem, ao chegar a casa, ouvi no noticiário da Sic Notícias que o preço do litro de Gasolina tinha subido para 1 Euro e 228 cêntimos.

Feitas as contas (como deve ser) a coisa dá 3 Euros e 28 cêntimos.

Como diz o outro, só coisas que me atormentam.

Momento Monty Python - 6



It All Happened On The 11:20 From Hainault To Redhill Via Horsham And Reigate, Malmesbury, Tootingbec And Croyton West


(Sir Horace lies dead on the floor. John and Lady come into the room, which is nicely decorated. They are both dressed in nice older style clothing, as are the later characters)

Lady: Anyway, John, you can catch the 11:30 by Hornchurch and be at Beasing at one o'clock. Oh, and there's the buffet car and…oh! Daddy! (sees Sir Horace on the floor)
John: My hat! Sir Horace!
Lady: Has he been…?
John: Yes, after breakfast but that doesn't matter now he's dead.
Lady: Oh, poor daddy.
John: Looks like I won't be catching the 11:30 now.
Lady: On, no, John, you mustn't miss your train.
John: How could I think of catching a train when I should be here helping you?
Lady: Oh, John, thank you. Anyway, you can always catch the 9:30 tomorrow. It goes by Catterham and Chipsted.
John: Or the 9:45, that's better.
Lady: Oh, but you have to change at Lamb's Green.
John: Yes, but there's only a seven minute wait now.
Lady: Yes, of course, I forgot it's Friday. Oh, who could have done this?
Lady Partridge: Come and hurry up Sir Horace! Your train leaves in 28 minutes and if you don't catch the 10:15, you won't catch the 3:45 and that means…Oh! (eyeing Sir Horace)
John: I'm afraid Sir Horace won't be catching the 10:15, Lady Partridge.
Lady Partridge: Has he been…?
Lady: Yes, after breakfast.
John: Lady Partridge, I'm afraid you can cancel his seat reservation.
Lady Partridge: Oh, and it was back to the engine, fourth coach along so that he could see the gradient signs of Swansbourgh.
John: Not anymore, Lady Partridge. The line's been closed.
Lady Partridge: Closed?! Not Swansbourgh!
John: Yes, I'm afraid so.
Inspector: Right, nobody move. I'm Inspector Davis of the Scotland Yard.
John: My word, you were here quickly, inspector!
Inspector: I took the 8:45 Pullman Express from Kings Cross. And missed that bit around Hornchurch.
Lady Partridge: It's a very good train.
Lady: Yes, a very good train.
Tony: (bounding through the french doors of the background) Hello, everyone!
All: Tony!
Tony: Where's Daddy? …Oh golly! (seeing Sir Horace) Has he been…?
All: Yes, after breakfast.
Tony: Then he… he won't be needing his reservation for the 10:15.
John: (Accusingly) Exactly!
Tony: And I suppose, as his eldest son, it must go to me.
Inspector: Just one minute there, Tony. There's a small matter of…murder!
Tony: Oh, but surely he simply shot himself and then hid the gun.
Lady Partridge: How can anyone shoot himself and then hide the gun without first canceling his reservation?
Tony: Well, I must dash or I will be late for the 10:15.
Inspector: I suggest that you murdered your father for his seat reservation.
Tony: I may have had the motivation, Inspector, but I could not have done it for I had only arrived at Gillingham at 8:13 and here is the restaurant car ticket to prove it.
Lady: But the 8:13 from Gillingham doesn't have a restaurant car!
John: It's standing buffet only.
Tony: Did I say the 8:13? I meant the 7:58 stopping train.
Lady Partridge: But the 7:58 only arrived at Swindon at 8:19 owing to annual point maintenance at Wisbourough Junction.
John: So how did he make the connection 8:13 which left six minutes earlier?
Tony: Simple, I caught the 7:16 football special which arrived at Swindon at 8:09.
Lady: But the 7:16 football special only stops at Swindon on alternate Saturdays!
Lady Partridge: You surely mean the holidaymaker special.
Tony: Oh yes! How daft of me! I took the holidaymaker special calling at Bedford, Colmworth, Fenton, Sutton, Fen Ditton, Wallingworth, and Gillingham.
Inspector: That's Sundays only!
Tony: Damn! All right, I confess, I did it. I killed him for his reservation. But you won't get me alive! (Tony tears for the door) I am going to throw myself onto the 10:12 from Reading.
John: Don't be a fool, Tony. Don't do it. The 10:12 has the narrow traction bogies. You wouldn't stand a chance!
Tony: Exactly!

Voice: That was an excerpt from the latest west end hit, "It all happened on the 11:20 from Hainault to Redhill via Horsham and Reigate, Malmesbury, Tootingbec and Croyton West." The author is Mr. Neville Shunt.

22 fevereiro 2006

Oh Santa, isso não será garganta?


Grande alvoroço na trasladação dos restos mortais da irmã Lúcia de Coimbra para a Cova da Iria. O país exigia, as televisões renderam-se. Para os grandes intelectuais que sempre protestam com a televisão pública pelas horas de transmissão concedidas a este tipo de eventos, a resposta não se fez esperar: as privadas foram a reboque e a mobilização foi geral.

É o país que temos. Exagera por tudo e por nada. É capaz de ignorar olimpicamente feitos notáveis de portugueses de eleição e depois brinda-nos com este tipo de devoção (devoção não tem aqui qualquer tipo de conotação religiosa, até porque a mesma existe para assuntos profanos).

Sou católico, mas esta história dos pastorinhos não me convence por aí além. Quer dizer, até convence, mas só em parte. Vejamos:

A aparição propriamente dita

Acredito que existiu. E, bem vistas as coisas, as aparições acabam por ser relativamente comuns em todas as partes do mundo, e não compensa o trabalho de tentar desmontá-las todas, porque, no fundo, não chocam ninguém desde que consumidas com moderação.

Os pastorinhos

Acredito que a aparição de Nossa Senhora foi concretamente destinada ao três pastorinhos. Até aí a coisa nem me faz grande confusão.
O problema está no que se seguiu.

A mensagem de Fátima (segredo incluído)

Aqui é que a coisa já não me convence. A aparição aos pastorinhos tem que ter tido um ou dois objectivos, e acredito que o primeiro era o de chamar a atenção a um povo pouco instruído para a necessidade de se investir nas crianças e jovens, mandando-os para as escolas e tratando bem deles, em vez de, desde tenra idade, serem mandados para aos campos como se fossem adultos. Portugal (e principalmente o Portugal agrícola) viveu desta forma até muito tarde. O segundo objectivo (de resto revelado pelos pastorinhos) era o da necessidade de oração. Quem pode dizer algo contra isto? A oração não faz mal a ninguém. Enquanto se reza (a sério) não é possível pensar, dizer ou fazer disparates. Por isso acredito que este objectivo existiu. Portugal vivia muito ligado à religião formal, mas muito desligado do amor ao próximo que a mesma tanto apregoa e tão pouco pratica.

Vida e obra da irmã Lúcia

A partir daqui já estamos provavelmente no reino do embuste. É pelo menos risível a ideia de que Nossa Senhora fosse transmitir a crianças daquela idade, e com aquele nível de instrução, uma mensagem que se veio a revelar tão complexa e profunda como a que hoje tentam vender-nos. Tudo o que aconteceu com os pastorinhos a seguir às aparições é ridículo e nem fora do seu perfeito juízo Nossa Senhora teria provocado aquilo tudo. Resultado: uma menina fechada a sete chaves desde cedo e que, ao longo da sua vida, foi refinando versões das aparições que não me convencem.

Santos

Os pastorinhos caminham para a santificação. A ideia da criação dos Santos (que não existe em muitas religiões) pode até ter sido bem pensada, visto que era fácil para os crentes desesperarem ao ver que o único verdadeiro modelo (Jesus Cristo) era praticamente impossível de seguir. Os Santos serviriam, assim, para mostrar que exstem pontos intermédios de santidade ao quais qualquer um pode almejar. Pois. A ideia era boa, mas o que a Igreja fez dela a seguir é que deu cabo da coisa: transformou uma boa ideia num excelente negócio. E quando o negócio se impõe à espiritualidade o resultado são as irmãs Lúcias deste mundo.

P.S. - Vejam bem a cara da irmã Lúcia na fotografia. Parece-vos boa pessoa?

21 fevereiro 2006

O amor, para além de ser cego, tem outros handicaps*

Junto à Praça de Espanha, o viaduto da Avenida José Malhoa esteve em obras durante vários meses.

Temporariamente, foi reduzido o número de faixas de rodagem (de três para duas em cada sentido) e foi instalado um semáforo provisório para as pessoas poderem atravessar sem perigo.

Junto a esse semáforo, no sentido Praça de Espanha - Alcântara, uma inscrição num daqueles blocos de betão que fazem de separador:

"Amarte-ei sempre"

* termo gentilmente cedido pela minha mulher que, pelos vistos, já tinha reparado na inscrição há mais tempo, mas não me tinha dito nada; na primeira versão o termo estava em português, mas de facto este fica melhor.

E não se pode exterminá-lo?

Algo vai mal na SIC Notícias quando um comentador político (ainda que não seja independente e nem tente parecê-lo) diz num noticiário, sem qualquer problema: "... o que houve de bom neste primeiro ano de governo é que já passou um ano e só temos de aturá-lo mais três."

Bem podem fazer publicidade à qualidade com que produzem o canal e ao rigor que emprestam a tudo o que fazem. Situações destas fazem a Sic Notícias andar para trás mais anos do que os que tem de existência.

V. Guimarães 2 - Benfica 0


Não há muito a dizer.

O Benfica jogou mal e tudo correu mal.

O Vitória jogou bem e tudo correu bem.

Sem espinhas. Como não vi o jogo, não consigo fazer referência a pormenores, mas quero elogiar o Neca pelo belíssimo golo que apontou (tendo em conta que não teve tempo para pensar no lance e que chovia a cântaros).

Mas quero fazer aqui referência ao caso da jornada (este vi).

No jogo Porto-Marítimo aconteceu um lance insólito. Numa jogada de ataque do Porto, e já com o guarda-redes batido, um defesa do Marítimo defendeu a bola em cima do risco de baliza com a cabeça. De pronto, o árbitro apontou para a marca da grande penalidade e mostrou o cartão vermelho ao jogador, julgando que o mesmo jogara a bola com a mão. O árbitro assistente nada disse em contrário (de resto teve uma exibição para esquecer) e, julgo eu, terá sido o quarto árbitro a chamar a atenção para o erro cometido.

Nessas condições, o árbitro não hesitou em dar o dito por não dito, e retirar o cartão vermelho que tinha mostrado. Realço também o extremo "fair play" demonstrado na altura pelos jogadores do Porto (em especial pelo Pedro Emanuel que sabe Deus como joga normalmente sem "fair play" algum).

Os comentadores da TVI fartaram-se de dizer durante o que restava do jogo que o árbitro não tinha ficado nada bem naquela fotografia (com insinuações até relacionadas com o caso "Apito Dourado" em que o árbitro em causa está envolvido).

Tenho para mim que, nesta fotografia em concreto, o árbitro até não ficou nada mal.

Faltam 11 jornadas para sermos bi-campeões.

20 fevereiro 2006

Ainda duvida do aquecimento global?

15 fevereiro 2006

Vícios

Benfica 4 - Penafiel 0


De volta às vitórias na Liga. É bom. É importante.

Mas um bom resultado não faz um bom jogo, e o Penafiel já há muito vem mostrando que não pertence a esta Liga. A vitória foi demasiado fácil.

O único facto digno de registo tem a ver com o terceiro golo do Benfica. Leo correu pela esquerda, quase atropelando um jogador do Penafiel estandido no chão à entrada da área (julgo que lesionado pelo próprio Leo) e que, se não estivesse ali deitado teria dado origem a um fora de jogo. Leo centrou e Nuno Gomes marcou.

Até admito que Nuno Gomes não se tenha apercebido do que tinha acontecido porque quero crer que não remataria mas Leo, mesmo que julgasse que o adversário estava "a fazer fita" não tinha o direito de se aproveitar da situação daquela forma. Ainda por cima, o resultado era de 2-0 e a equipa do Penafiel já nem existia em campo.

Enfim, uma mancha no comportamento até aí sempre exemplar de um jogador de que gosto e de que quero continuar a gostar. Não conheço declarações do Leo sobre o assunto, mas só pode estar arrependido do que fez.

Faltam 12 jornadas para sermos bi-campeões.

09 fevereiro 2006

Benfica 0 - Nacional 0 (5-3 em g.p.)



Começa a ser um pouco desgastante ver jogos do Benfica.

À semelhança do que tinha acontecido em Leiria, a segunda parte do prolongamento brindou-nos com mais uma daquelas séries de golos falhados em catadupa que quase nos rebentam com a máquina.

O Nacional também já começa a chatear um bocado. Em Alvalade foram uma equipa tremendamente fechada (a palavra "autocarro" está aqui a tocar-me no ombro e a dizer "é aqui que eu entro, é aqui que eu entro") e que praticou um futebol na fronteira da nojice. Ontem, na Luz, repetiram a graça que até nem tem graça nenhuma. É que este é o clube que vendeu um jogador ao Porto e não ao Sporting porque "o Sporting é nosso adversário directo"!

Eu não me lembro de alguma vez o anti-jogo ter ido ao ponto de fazer uma substituição aos 2 minutos da segunda parte em vez de o suplente entrar logo no reatamento. É preciso muita vontade de não jogar futebol.

Mas a cereja no bolo é a declaração de Hilário (o tal guarda redes que, nos últimos dez minutos se fartou de defender remates do Benfica): "... só o Nacional merecia ganhar este jogo; já não me lembro de alguma vez ter tido tão pouco trabalho num jogo inteiro".

Pois é, Hilário, tu já não deves é lembrar-te de quando foste titular num jogo (não te esqueças de que és o terceiro guarda redes de um clube de pseudo-futebol).

Bom, deixemo-nos de tricas. O importante é que as vitórias voltaram e continuamos nas três provas em curso.

E, para o caso de se terem esquecido, faltam 13 jornadas para sermos bi-campeões.

Pelas barbas de Maom... ups!


O melhor, pelo sim pelo não, é não reproduzir aqui as caricaturas, não vá o diabo tecê-las. É que, parecendo que não, é capaz de dar mau jeito levar com uma bombita nas ventas assim sem mais nem menos.

Anda tudo muito chocado com as reacções à publicação das caricaturas. Muito bem. Mas já que se fala de reacções exacerbadas, o melhor é não esquecermos que, salvaguardadas as diferenças que decorrem do grau de desnvolvimento dos povos, nós também temos um passado um bocado triste.

O número de casos que temos não é assim tão desprezível (o cartoon do António sobre o Papa, o anúncio do Amoreiras com a alface, o "Evangelho segundo Jesus Cristo", o filme "A última tentação de Cristo", o programa censurado do Herman José, o escândalo de João Grosso com o Hino Nacional e outros de que não me lembro agora).

Pois é, nós protestamos, processamos, fazemos pressão, enfim, o habitual. Noutros locais, com outros povos, com outro grau de civilização, o que acontece é o que se tem visto.

Devemos ficar chocados com a violência da reacção? Certamente. Mas será uma surpresa assim tão grande? Estou em crer que não.

Ao fim e ao cabo, trata-se de povos que não lêem jornais e que, se fazem o que fazem, é porque foram incitados a fazê-lo por quem quis pegar nesta situação ao fim de alguns meses e aproveitá-la para incendiar relações cada vez mais instáveis.

Mas não posso deixar de condenar as televisões europeias por transmitiram, por exemplo, as imagens de bandeiras da Dinamarca a serem queimadas. Podem relatar a queima das bandeiras, mas mostrar as imagens é provavelmente tão chocante para os dinamarqueses como as caricaturas são para os muçulmanos.

Estamos a pagar por muitas vezes metermos o nariz onde não somos chamados? Estamos. Mas a verdade é que, quando saimos do nosso cantinho para nos enfiarmos em buracos asiáticos, a nossa motivação é exclusivamente comercial. E eles? Porque é que vêm para a Europa? Que estado muçulmano é que já mandou regressar a casa os seus emigrantes na Dinamarca?

07 fevereiro 2006

Brokeback Mountain





Não me sai da cabeça que as ovelhas estão a esta hora a esfregar as patitas de contentes, pensando que a seguir são os pastores, o que elevaria de modo inquestionável a qualidade de vida das bichinhas.

Bom, a dos carneiros nem tanto...

U. Leiria 3 - Benfica 1


Podia estar para aqui bestialmente chateado com esta derrota do Glorioso, e principalmente por termos sofrido seis golos em dois jogos. Mas até nem estou. E não estou porquê?

Em primeiro lugar deve-se, em bom rigor, excluir da contagem de golos sofridos (para este efeito) aqueles que foram sofridos em alturas de tentativa de recuperação - o terceiro do Sporting e os últimos dois da U. Leiria - que correspondem a jogadas típicas de contra-ataque que não teriam existido se o marcador ostentasse outros números (estou a recordar-me de um jogo do Benfica para a Taça de Portugal, há mais de dez anos, com o União da Madeira, que terminou com 1-1 e que, após prolongamento, ficou em 5-1 para o Benfica, ou seja, depois de ter entrado o segundo, bastava atirar a bola lá para a frente que era golo, apenas porque o União, em estado físico lastimável, fazia tudo por tudo para conseguir o empate no pouco tempo disponível).

Em segundo lugar este foi provávelmente o jogo em que o Benfica, esta época, criou mais ocasiões de golo, dando a Costinha uma ocasião única para fazer o jogo da vida dele (não, não me chateia que tenha acontecido contra o Benfica, desde que ele não desate agora a dar frangalhada a granel frente aos nossos adversários directos).

Só me preocupa que tenha falhado nestes dois jogos quem não costuma falhar: os defesas.

É que nos habituámos a ver uma defesa intransponível e depois, de repente, fazem estas coisas.

Enfim, fica para as vezes (muitas) em que ganhámos por 1-0 e podíamos muito bem nem ter ganho. Acho que as pagámos todas de uma vez.

É altura de acalmar, ganhar fôlego e atacar os próximos jogos com garra e confiança, porque afinal nem ficámos assim tão mal na classificação (se o Porto tem ganho os dois últimos jogos teria sido pouco menos que trágico).

Faltam 13 jornadas para sermos bi-campeões.

02 fevereiro 2006

You may kiss both brides



Que grande alvoroço vai por aí com a pretensão das duas garotas.

Primeiro, pensei que eram moças ricas e que o advogado (que já falou em não sei quantos recursos - Supremo, Tribunal Constitucional, Tribunal Europeu dos Direitos do Homem) estava envolvido na coisa só pelo dinheiro e pela fama.

Depois, quando o próprio disse na rádio que as moças estavam desempregadas, duvidei.

Até que vi as imagens e vislumbrei um microfone da TVE e outro de uma televisão brasileira e não tive mais dúvidas: é mesmo pelo dinheiro.

Mas vamos ao que interessa. Devem os homossexuais ter o direito de se unirem e beneficiar de todas as "regalias" dos heterossexuais? Claro. Mas é o casamento a resposta a isso? Não.

Pode trabalhar-se no aperfeiçoamento das uniões de facto e até criar outra figura com um nome distinto, mas casamento não.

De resto, o casamento é a formação de um casal. Consultado à pressa um dicionário online, as definições de casal que aparecem são:

  • pequeno povoado
  • lugarejo
  • granja
  • herdade
  • conjunto das propriedades de uma família
  • conjunto de pequenas propriedades rústicas
  • par composto de macho e fêmea
  • marido e mulher
  • pequena propriedade cercada
Talvez os dicionários também sejam anticonstitucionais.

Há também uma definição mais popularucha para a palavra que, caso a pretensão vá avante, poderá causar alguma confusão:

- Então, quantos filhos tens?
- Tenho dois. Um casalinho.
- Casalinho? Mas de quê?

A mim ninguém me cal...

Parece que o Manuel Alegre já começou a fazer xixi fora do penico.

Isto deve ter a ver com o facto de o poeta a quem ninguém cala ter sido, com uma confrangedora facilidade, calado por José Sócretas na noite das eleições.

Bom. Eu também ficaria chateado. Era até capaz de falhar duas ou três reuniões dos órgãos dirigentes do PS. Mas talvez não fosse ao ponto de apresentar um atestado médico, para depois participar num ajuntamento noutro local.

Helena Roseta, muito chocada pela quebra do protocolo na noite das eleições, ignorou olimpicamente o protocolo mais simples que existe: assitir às reuniões dos órgãos para que foi eleita ou escolhida e dos quais aceitou fazer parte.

A senhora apresentou como justificação "... devemos estar com as pessoas com quem nos sentimos bem". Muito bem, mude-se.

Quer-me parecer que esta gente vive um equívoco tremendo. Aquele milhão e tal de votos pertencerá sempre ao PS. Só foram parar à fotografia do Manuel Alegre como castigo pela confusão criada pelos seus dirigentes, mas não irão ao ponto de se deixar arrastar para outro partido. E quanto a movimentos cívicos, não queria desanimá-los, mas nem uma centésima parte dos que votaram Alegre está na disposição de mexer o rabinho para fazer seja o que for a favor do que quer que seja.

Como é que era a música?

O já famoso, desde o Verão passado, décimo planeta do Sistema Solar foi baptizado de... 2003 UB 313.

2003 UB 313?

Experimentem lá fazer a coisa com a música antiga: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno, Plutão e... 2003 UB 313.

O último leva tanto tempo a pronunciar como todos os restantes.

Mas anda tudo maluco ou quê? Não podiam dar-lhe um nome mais simpático?

Estive a experimentar vários nomes que encaixassem na música e surgiram-me uns quantos que soariam muitíssimo melhor.

Os eleitos são Joly, Tareco, Arafat e Totó.

Experimentem lá, a ver se não fica muito melhor.